sexta-feira, 6 de abril de 2012

DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR

Conforme sugere a célebre frase do pensador e sábio grego do século IV a.C. Hipócrates o pai da medicina “que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio. Preserva-se um grande legado de sabedorias sobre a medicina, da nutrição e segurança alimentar. Na atual conjuntura, no cenário mundial, os governantes, pesquisadores e profissionais na área da saúde colocam as diretrizes da política de Segurança Alimentar como ponto de prioridade em suas agendas. Segundo dados de pesquisas da Organização Mundial de Saúde que apontam as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) causadas por alimentos como os grandes desafios da Saúde Pública neste século. A indústria alimentícia investe forte na divulgação de produtos de alto teor calórico para crianças e adolescentes que tendem a se manter fiéis a esses hábitos de consumo. Embora sejam alimentos potencialmente causadores de obesidade, esses produtos surgem nas propagandas associados à saúde, beleza, bem estar, juventude, energia e prazer. Os atributos de qualidade em que o consumidor em sua maioria leva em conta: o que agrada aos olhos, aroma e o sabor. O Aspecto higiênico sanitário é observado pelo consumidor mais consciente e pelos profissionais da área de saúde e nutrição. O mercado mundial exerce uma forte influência para o consumo excessivo de alimentos que contem sódio, açucares, gorduras e que favorecem ao surgimento das DCNT a exemplo do diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Os grandes vilões da obesidade Os refrigerantes, as macarronadas, Hambúrguer, Hot-dog, carnes de churrasqueiras, pastéis, pães e bolos com recheios de frutas, leite e coco. A crescente substituição dos alimentos in natura ricos em fibras, vitaminas e minerais, por produtos industrializados, compõem um dos principais fatores etiológicos da obesidade. Ainda temos como agravante a falta de tempo para o preparo das refeições em casa, e a crescente preocupação com a saúde e qualidade de vida, que motiva essa situação. Os grandes centros urbanos estão seguindo as mesmas tendências de países industrializados, diversificando sua cesta alimentar e preferindo alimentos semi-prontos a produtos que exijam tempo e trabalho para o preparo. Além do mais, do ponto de vista cultural, a substituição crescente da refeição familiar, mais completa e balanceada, pelo “fast food” de rua caracterizada mais pelo sabor (adocicado e gorduroso) que pela qualidade dos seus constituintes, com determinante incentivo da mídia (muito comercial e pouco científica), vem confundindo o comportamento nutricional dos adolescentes e jovens, aumentando o consumo de ácidos graxos saturados, açúcares e refrigerantes, em detrimento da redução do consumo de carboidratos complexos, frutas e hortaliças. CONTROLE SANITÁRIO. O consumidor dificilmente rastreia ou observa o alimento inadequado em suas ultimas refeições. Os principais microrganismos causadores de enfermidades originadas em alimentos são: Samonella, Escherichia coli patogênicas, Bacilus cereus, Stafilococus aureus e clostridium botulinum. Para minimizar as possibilidades de doenças de origem alimentar, os alimentos prontos devem ser mantidos sob frio ou calor adequados. Uma ampla variedade de alimentos contaminados está associado ás Salmonelosses, incluindo carne bovina crua, aves domésticas, ovos, leite e derivados. O consumo de produtos alimentícios de procedência duvidosa e elaborados com práticas de manipulação inadequada de higiene, conservação e armazenagem estão de livre acesso disponível nas refeições e lanches de rua. Colocam em risco a saúde da população.com possíveis surtos diarréicos, cólicas e vômitos provenientes de intoxicações alimentares.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

HÁBITOS SAUDÁVEIS

As pessoas devem tomar cuidado ao consumir alimentos na rua, e evitar, principalmente, maionese caseira. Devemos escolher um lugar que ofereça segurança. No caso de restaurantes, é aconselhável escolher um que tenha boa procedência. Se for comer na rua, observe primeiro o ambulante, sua higiene, se ele usa toca, avental e como manipula o alimento. “Se ele mexe com dinheiro, não deve pegar na comida”. Segundo dados da Vigilância Sanitária, são nos domicílios que ocorre o maior número de toxinfecções alimentares. E pensar que tudo poderia ser evitado, se fossem observadas algumas regras básicas: CUIDADOS NO PREPARO E NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS. Recomendações Básicas: Lave bem as mãos com água e sabão antes de manusear os alimentos e antes das refeições Lave as frutas, verduras e legumes em água corrente, limpa e tratada. As frutas, verduras e legumes consumidos crus devem ser desinfetados com água clorada (01 colher de sopa de cloro a 2% para um litro de água) por 15 minutos e enxaguar em água corrente. Não deixe alimentos prontos em temperatura ambiente por mais de 30 minutos. Devem ser colocados em refrigeração para preservar a sua qualidade. Não deixe o lixo exposto ou aberto na área de processamento dos alimentos Utilize somente água fervida ou tratada. Ao iniciar as atividades, verifique se os equipamentos e utensílios estão devidamente higienizados. Faça o chek list de tudo que for necessário antes do preparo ou processamento de um produto, consultar sua formulação. Produtos congelados devem ser descongelados sempre em refrigeradores. Ao manipular alimentos, lavar as mãos frequentemente após cada etapa do processamento. Colocar no freezer os cortes de carnes ou produtos embalados, mais novos embaixo, seguindo a regra do primeiro que entra, primeiro que sai. Legumes e frutas devem ser lavados inteiros em água corrente. Se consumidas cruas, coloca-las em uma solução clorada, por 15 minutos, enxágüe e corte-as com faca inoxidável e utilize logo após o preparo. Sucos e saladas de frutas devem ser consumidos logo após o preparo, para não perder suas vitaminas. Verifique na embalagem o nome do produto, nome e endereço do fabricante, conteúdo liquido, identificação de origem, lote e data de validade, além dos cuidados de conservação. Não consuma ovos crus nem alimentos que levam ovos cru em sua preparação, tais como maionese caseira, gemada, mousse, glacês. Para esses tipos de pratos, utilize ovos pasteurizados ou em pó. Utilize maionese industrializada. Os vegetais devem ser bem lavados de preferência com água clorada, colocados para secar e guardar num recipiente plástico com tampa. Não utilize ovos com a casca rachada. Despreze as latas de alimentos que estejam estufadas, enferrujadas, com vazamento ou amassada. Na geladeira, armazene nas prateleiras superiores alimentos prontos para o consumo; os semi-prontos ou pré-preparados, nas prateleiras do meio e os produtos crus, nas prateleiras inferiores, separados entre si e dos demais produtos. Não deixe sabão, pano, esponja em pia de cozinha de molho em água ou em contacto com restos de alimentos. Os utensílios, louças e equipamentos devem ser higienizados de imediato. Frutas, verduras e alimentos prontos expostos ao sol, poeira, sem proteção. Perdem as suas qualidades sensoriais, com prazo de consumo reduzido. Fontes: Guia Segurança Alimentar para a população brasileira, p. 114 a 116 Ministério da Saúde.

domingo, 1 de abril de 2012

CIDADE OPERÁRIA, E AS MAZELAS DO PODER PÚBLICO.

Atendo a uma intimação do Juiz da Primeira Vara da Fazenda Pública, a comparecer no fórum de justiça, na condição de testemunha no processo n° 010091/1998, movido pelo Ministério Público representado pelo curador do meio ambiente, Dr.Fernando Barreto impetrando uma ação civil pública contra a Companhia de Água e Esgoto do Maranhão (CAEMA),pela desativação do Sistema de Esgoto Sanitário do Conjunto Habitacional Cidade Operária no Município de São Luís. Entenda o caso: Manifestamos através de exposição de motivos junto ao promotor em 1998, tendo este através de uma ação civil pública, denunciar a CAEMA no fórum de Justiça para o cumprimento da lei em assegurar os direitos dos cidadãos pela reativação do sistema de esgoto sanitário da Cidade Operária. A CAEMA em 1999, em audiência na Primeira Vara da Fazenda Pública, pediu prazo de seis meses, em acordo com o Ministério Publico para resolver a questão; esgotado o prazo sem cumprir o que foi prometido o processo passou a tramitar conforme manda o protocolo. Treze anos depois o processo entra no mutirão da pauta zero; O Juiz da Primeira Vara intimou a ré, o representante do Ministério Público, Dr. Fernando Barreto, o Sr. Pedro Mariano da Paz Camara, representante da Cidade Operária na condição de testemunha; com audiência marcada para o dia 29 de março às 11h, a CAEMA não compareceu sendo que o juiz agendou para o dia 24 de maio da de 2012, afirmando que o advogado da ré peticionou com a sua impossibilidade de comparecer em decorrência de compromissos de força maior. O que acontece do lado de cá? A nossa estação de esgoto que está desativada fica localizada em uma extensa área no final do bairro Janaina Riod, popularmente denominada de bacia da Janaina; dividida em 03 enormes tanques, sendo cada um do tamanho do Estádio Castelão. Se funcionasse seria uma infraestrutura invejável, coisa de primeiro mundo. Os invasores e a CAEMA acabaram com este sonho. Um projeto técnico extraordinário, literalmente jogado no esgoto. Digo no esgoto do crime de responsabilidade, associado ao banditismo dos negociantes de áreas publicas, os invasores de plantão.Em visita ao local fiquei impressionado, que tem casas dentro de duas bacias,sendo que na terceira está cheio de água represada por conta das chuvas. Ambiente de extrema pobreza estando aquela população vulnerável a doenças. Aguardamos a decisão da justiça, e que faça valer os direitos dos moradores da região Cidade Operária, em resgatar um ambiente saudável, com o sistema de tratamento de esgoto sanitário. Atualmente os dejetos correm a céu aberto, em alguns pontos de ruas e avenidas perfumando o nosso ar.