segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Gigante adormecido II





A região Cidade Operária ,Cidade Olímpica e bairros circunvizinhos, estimada em mais de 250 mil habitantes, nos 34 bairros encravados neste espaço geográfico, correspondem a ¼ da população de São Luís. O bairro Cidade Operária, comunidade que no inicio da sua constituição foi berço de grandes lutas e conquistas de grande relevância na área da educação, transportes, saúde, e pela preservação das áreas publicas; com uma participação decisiva dos movimentos populares, associações e grupos de jovens, em especial destacamos a participação na época de Padres e irmãos da congregação João Calábria. Grandes conquistas alcançadas nas décadas de 80 e 90: a exemplo citamos o aumento na frota de ônibus,escolas de ensino fundamental e médio, Posto de Saúde PAM,e os manifestos pela preservação das áreas verdes.Lutas isoladas de pequenos grupos vem sendo travadas,sem a participação da população na melhoria dos serviços de transportes coletivos,segurança ,saúde e educação.Observamos que nestas áreas,houve perdas na qualidade dos serviços.Na área dos transportes a SMTT e os empresários afirmam que circulam 130 ônibus em toda região e que atendem a demanda de 50 mil usuários que se deslocam para o centro.Essa afirmativa,é incompatível com a realidade, pois que no horário de pico, a maioria dos ônibus que circulam são velhos, de duas portas,com passageiros pendurados,em pontos de paradas superlotados.A Cidade Operária transformou-se em um imenso corredor,pois a maioria dos ônibus que vem dos outros bairros passam superlotados. Na área da saúde ganhamos a reforma PAM com a denominação de UPA, e perdemos em qualidade, pois para o tamanho desta população, o ideal é ampliar as especialidades médicas, pela vocação e pelo perfil da nossa luta, de conquistar uma Unidade de Media Complexidade, pois já possuímos o Socorrão II, que atende também outras cidades do Maranhão e que necessita melhorar sua infra-estrutura, humanizar o atendimento. E a população reclama de todas estas mazelas e nada faz para reverter tal situação. Na área da segurança, o policiamento só na propaganda do governo, a ausência de uma política de segurança, deixa a população desprotegida, convivendo com assaltos, com o consumo de drogas,destruindo nossa juventude.E a população apenas assiste o noticiário, ou lendo a pagina policial.As escolas embora com uma boa aparência e instalações razoáveis, o ensino é fraco, faltam ferramentas para o fortalecimento da cidadania,de ser uma referencia de mudança de hábitos e valores.E o nosso ponto de destaque, são as nossas imensas áreas verdes e institucionais, onde deveriam ser instalados, praças,anfiteatro,espaços culturais,estão sendo ocupadas pelos pequenos projetos residenciais.Citamos o caso do residencial Luis Rocha;construído em cima de uma área verde na lateral da Uema, onde passa a macro rede de esgoto. E ao final desta em frente ao Supermercado Mateus, onde a prefeitura deveria construir uma URPV(unidade receptora de resíduos sólidos), vai ser construído outro empreendimento residencial,há comentários que vai receber o povo da invasão localizada no novo Angelim, do empreendimento próximo ao Atacado Macro. As comunidades através das suas organizações populares devem reagir! Caso contrário, os programas habitacionais do PAC vão invadir as nossas áreas verdes e institucionais, de uso comum. Querem transformar o nosso bairro em um imenso aglomerado habitacional, sem levar em conta a nossa qualidade de vida, desrespeitando a lei que preservam as áreas públicas.