quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

COMUNIDADE EM AÇÃO IV

CIDADE OPERÁRIA, 23 ANOS DE HISTÓRIA.

Nasceu do esforço apressado de dois governos, viveu em clima de guerra; de milhares de trabalhadores brigando na força bruta, povo contra povo pelo direito ao teto.
Aos poucos a comunidade foi se organizando e com muita luta conseguiu amenizar os conflitos, pela sensibilidade de suas lideranças, buscando uma saída que atendesse os que realmente precisavam garantir a moradia. As obras estruturantes e as necessidades básicas foram colocadas a serviço da comunidade.
A Cidade Operária bairro mãe, localizada dentro de um espaço geográfico de mais de 250 mil habitantes, de um aglomerado de 34 bairros; atualmente está em fase de crescimento.
Possui um Centro Comercial em expansão, um grande mercado hortifrutigranjeiro, centenas de lojas, supermercados, postos de prestadores de serviços, clinicas e hospitais; enfim estrutura de uma média cidade. O sistema de transportes coletivos opera com 132 ônibus, uma rede de escolas públicas constituída de 20 escolas de ensino fundamental, 03 escolas de ensino médio, e dezenas de escolas da rede particular.
Os benefícios do setor público foram alcançados ao longo destes 23 anos pela participação decisiva dos movimentos populares, da associação de moradores e do Conselho Comunitário.
As grandes conquistas foram alcançadas no inicio da formação da comunidade; aos poucos as pessoas foram incorporadas a outros movimentos sociais; partidos políticos, cuidando dos seus afazeres. Hoje a mobilização se dá em caráter emergencial em casos de prioridades. Conforme ocorreu em 14 de novembro deste, um manifesto, pela Melhoria dos Transportes Coletivos.
2009, do ponto de vista da participação comunitária foi muito fraco, apesar da atuação brilhante do movimento popular na questão da passeata cobrando a renovação e ampliação da frota de ônibus. A Cidade Operária pelo seu tamanho, pela sua adversidade rica em manifestações culturais e sua potencialidade em práticas esportivas, carrega o estigma de um bairro fragilizado pela violência, conforme conotação dada pelas páginas policiais.
2010 está chegando, é oportuno renovarmos as nossas esperanças, ampliar espaços de atuação, fortalecer as convicções, lutar para melhorar as condições de vida da nossa gente, da nossa população. Definir prioridade pela melhoria da nossa qualidade de vida.

Saudações comunitárias, e um próspero ano novo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Papel artesanal

Feitura de papel com fibras naturais.
Remoção da casca; separação; Pré-cozimento: hidratação em água de cal; desfibrilamento à marteladas ou uso de pilão; Fervura das fibras com lixívia para retirada da lignina; Lavagem das fibras; uso de pilão ou batedor para redução das fibras a pasta; Mistura da pasta em água; formação da folha de papel em tela; Colocação das folhas no quadro de secagem.
Técnica tradicional ocidental
Na Europa a matéria prima era moída através de pilão. Depois, a técnica passou a ser desenvolvida por moinhos d’água e atualmente é feita por liquidificador. O molde sofreu uma evolução e passou a ser fabricado com madeira e tela de cobre. O material utilizado permitia a retirada da folha ainda molhada. Sendo assim, o molde poderia ser reutilizado, favorecendo a produção de maior número de folhas.
Processo: refino com liquidificador
Material: fibras naturais e papel reciclável.
Materiais Necessários E Passo A Passo
Material: Fibras naturais.
Tipos de fibras: coco, sisal, buriti, banana, cana de açucar.
Passo a passo:
1ª. (Etapa) Cortar as fibras em pedaços pequenos, colocar de molho de preferência em cal virgem (óxido de cálcio) por 24 horas (pré-cozimento) em baldes com água, para que amoleça as fibras.
2ª (Etapa) Lavar e cozinhar por 6h, acrescentando 2 colheres de sopa de soda cáustica para cada 5kg de fibras. Mexer com frequência para verificar se as fibras estão ficando soltas, liberando as ligninas, deixar esfriar.
3ª (Etapa) Lavar bem até perder toda a cor escura, colocar de molho em balde com água, acrescentar cloro liquido(1:10) para clarear as fibras.
4ª (Etapa) Após 30 minutos, lavar bem, cortar em pedaços de 2cm. Bater no liquidificador e depois peneirar para retirar a polpa.
5ª. (Etapa) Dissolver uma quantidade de cola (CMC-1:10) acrescentar uma quantidade de borato de sódio (1:10) bater no liquidificador e em seguida, acrescentar à polpa;
6ª. (Etapa) Depois de misturar bem todos os ingredientes, despejar a massa em uma bacia, colocando 1 litro de polpa para 10 litros d’agua;
7ª. (Etapa) Mergulhar a peneira (tela) na bacia, levantando logo em seguida como se estivesse peneirando a polpa. Testar a espessura do papel e medir em um copo a quantidade de polpa. Sempre que preparar uma tela, adicionar uma quantidade igual de polpa na bacia;
8ª. (Etapa) Virar a tela sobre a entretela e com um pedaço de pano ou esponja, tirar o excesso de água. Retirar a tela com cuidado para que o papel descole da tela;
9ª. (Etapa) Cobrir essa folha com outra entretela, e depois de ter feito a quantidade desejada, colocar na prensa, aplicando pressão para retirar o excesso de água;
10ª. (Etapa) Retirar uma a uma as entretelas com papel fixado, colocando-as em um varal para secar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Embutidos e defumados

Higiene em alimentos


Higienização,toalete e preparo de carne suíno
para produção de embutidos e defumados.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Hábitos Saudáveis

As pessoas devem tomar cuidado ao consumir alimentos na rua, e evitar, principalmente, maionese caseira.
Devemos escolher um lugar que ofereça segurança. No caso de restaurantes, é aconselhável escolher um que tenha boa procedência. Se for comer na rua, observe primeiro o ambulante, sua higiene, se ele usa toca, avental e como manipula o alimento. “Se ele mexe com dinheiro, não deve pegar na comida”.
Segundo dados da Vigilância Sanitária, são nos domicílios que ocorre o maior número de toxinfecções alimentares. E pensar que tudo poderia ser evitado, se fossem observadas algumas regras básicas:
CUIDADOS NO PREPARO E NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS.
Recomendações Básicas:
Lave bem as mãos com água e sabão antes de manusear os alimentos e antes das refeições
Lave as frutas, verduras e legumes em água corrente, limpa e tratada. As frutas, verduras e legumes consumidos crus devem ser desinfetados com água clorada (01 colher de sopa de cloro a 2% para um litro de água) por 15 minutos e enxaguar em água corrente.
Não deixe alimentos prontos em temperatura ambiente por mais de 30 minutos. Devem ser colocados em refrigeração para preservar a sua qualidade.
Não deixe o lixo exposto ou aberto na área de processamento dos alimentos
Utilize somente água fervida ou tratada.
Ao iniciar as atividades, verifique se os equipamentos e utensílios estão devidamente higienizados.
Faça o chek list de tudo que for necessário antes do preparo ou processamento de um produto, consultar sua formulação.
Produtos congelados devem ser descongelados sempre em refrigeradores.
Ao manipular alimentos, lavar as mãos frequentemente após cada etapa do processamento.
Colocar no freezer os cortes de carnes ou produtos embalados, mais novos embaixo, seguindo a regra do primeiro que entra, primeiro que sai.
Legumes e frutas devem ser lavados inteiros em água corrente. Se consumidas cruas, coloca-las em uma solução clorada, por 15 minutos, enxágüe e corte-as com faca inoxidável e utilize logo após o preparo.
Sucos e saladas de frutas devem ser consumidos logo após o preparo, para não perder suas vitaminas.
Verifique na embalagem o nome do produto, nome e endereço do fabricante, conteúdo liquido, identificação de origem, lote e data de validade, além dos cuidados de conservação.
Não consuma ovos crus nem alimentos que levam ovos cru em sua preparação, tais como maionese caseira, gemada, mousse, glacês. Para esses tipos de pratos, utilize ovos pasteurizados ou em pó. Utilize maionese industrializada.
Os vegetais devem ser bem lavados de preferência com água clorada, colocados para secar e guardar num recipiente plástico com tampa.
Não utilize ovos com a casca rachada.
Despreze as latas de alimentos que estejam estufadas, enferrujadas, com vazamento ou amassada.
Na geladeira, armazene nas prateleiras superiores alimentos prontos para o consumo; os semi-prontos ou pré-preparados, nas prateleiras do meio e os produtos crus, nas prateleiras inferiores, separados entre si e dos demais produtos.
Não deixe sabão, pano, esponja em pia de cozinha de molho em água ou em contacto com restos de alimentos. Os utensílios, louças e equipamentos devem ser higienizados de imediato.
Frutas, verduras e alimentos prontos expostos ao sol, poeira, sem proteção. Perdem as suas qualidades sensoriais, com prazo de consumo reduzido.
Fontes: Guia Segurança Alimentar para a população brasileira, p. 114 a 116 Ministério da Saúde.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

RECICLAR É PRECISO

Reciclar é preciso!
A nova ordem mundial preconiza mudanças de atitudes, colocando em prática o resultado das Conferencias das Nações Unidas durante a Eco-92, Rio-92 para o desenvolvimento sustentável, do Protocolo de Kioto, tratado com o compromisso das Nações em reduzir a emissão de gases do efeito estufa. 17 anos depois, acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca, nova Conferencia. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.
Lembrando a fábula do Beija-Flor e o incêndio da floresta; tirando a lição, cabe a cada cidadão do mundo fazer a sua parte para salvar o planeta. Com atitudes ecologicamente correta para preservar o meio ambiente de uma catástrofe. É preciso promover mudanças, realizar tarefas simples, RECICLAR É PRECISO!
Em 2003 participei de um Workshop de Feitura de Papel Artesanal, aprendi coisas interessantes das quais passos adiante:
COLETA SELETIVA - é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, previamente separados na fonte geradora.
Identificação de recipientes da coleta seletiva voluntária:
Azul-Papel
Amarelo-Metal
Verde-Vidro
Vermelho-Plástico
RECICLAGEM DE PAPEL - reciclagem é o aproveitamento de fibras celulósicas de papéis usados e aparas, para a produção de novos papéis. Qualquer tipo de papel pode ser reaproveitado, porém alguns com a celulose modificada, como os vegetais não permitem o processo de reciclagem; tecnicamente as fibras contidas nos papéis poderão vir a substituir matérias fibrosas virgens. Dependendo do tipo de impurezas que acompanham as aparas e papéis usados, estes poderão ser aproveitados em fábricas que possuem instalações adequadas para retirada de impurezas.
Vantagens do programa coleta seletiva:
Redução de custos com a disposição final (aterros, incineradores).
Aumento da vida útil de aterros sanitários.
Melhoria das condições ambientais do município.
Diminuição de gastos com recuperação de áreas degradadas pelo mal acondicionamento do lixo(lixões clandestino).
Benefícios sociais
Como reciclar papel
Material:
Aparas de papel branco; Conjunto de tela para papel ou peneira; bacia e balde; Borato de sódio; Cola em pó (Carbox Metil Celulose); Entretela sintética, retalho tecido de algodão; liquidificador; esponja; Cascas de alho ou cebola; Quantidade de polpa para essa receita: 10kg.



1.Etapa) Pique os papéis (aparas) e coloque-os de molho por 24h em um balde com água para que amoleça as fibras. Passe para o copo do liquidificador para refino e depois peneirando para retirar a polpa;
2ª.Etapa) Dissolva uma colher (sopa) de cola (Carbox Metil Celulose) em um litro de água, acrescente 1 colher (sopa) de borato de sódio. Bata no liquidificador. Em seguida,misture à massa de papel (polpa);
3ª.Etapa) Cozinhe cascas de alho ou de cebola por 1h com corante e para 1 litro de água, ½ colher de sal grosso para fixar a cor. Depois de passar o tempo recomendado, lavar bem as cascas e bata no liquidificador com 01 litro de água, escorra a água e coloque-a junto á polpa;
4ª.Etapa) Depois de misturar bem todos os ingredientes,despeje a massa em uma bacia, misturando 1 litro de polpa para 10 litros d’água;
5ª.Etapa) Mergulhe a peneira (tela), levantando logo em seguida como se estivesse pescando a polpa. Testar a espessura do papel, em seguida medir em um copo o quantitativo de polpa. Sempre que preparar uma tela adicionar uma quantidade igual de polpa na bacia;
6ª.Etapa) Vire a tela sobre a entretela. Com um pedaço de pano ou esponja tirar o excesso de água, retire a tela com cuidado para que o papel descole da tela.
7ª.Etapa) Cubra essa folha com outra entretela. Depois de ter feito a quantidade desejada, coloque na prensa, aplique pressão para retirar o excesso de água.
8ª.Etapa) Depois, retire uma a uma as entretelas com o papel fixado, colocando-as em um varal para secar.
Faça fácil em casa estas maravilhas!







terça-feira, 10 de novembro de 2009

COMUNIDADE EM AÇÃO III

DESCASO COM O MEIO AMBIENTE.
Sistema de esgotamento sanitário da Cidade Operaria não funciona.
Representantes de organizações comunitárias em 1998 manifestaram junto ao Ministério Publico Estadual, através de exposição de motivos o descaso da CAEMA na questão do funcionamento do Sistema de Esgoto. A ação civil pública movida pelo Promotor do Meio Ambiente – Dr. Fernando Barreto Junior; peticiona cobrando da CAEMA a reativação do sistema de tratamento de esgoto.
PASSO A PASSO.
Em agosto de 1999, a CAEMA pediu a suspensão do processo por um prazo de seis meses para executar a obra. O prazo expirou e a obra não foi executada; a CAEMA pediu novo prazo e o MPE negou. Na época a Companhia alegava falta de recursos financeiros comprometendo-se a incluí-la no lote de obras do Projeto de Saneamento da Ilha de São Luís.
No período da ocupação do bairro foi implantado um moderno sistema de esgotamento sanitário constituído de rede coletora, estações elevatórias e 02 bacias (lagoas de estabilização) para tratamento dos seus efluentes. Ao longo dos anos em seu entorno foram surgindo invasões, no espaço geográfico do bairro Janaína - Riod. Hoje a área está cercada de casebres. Nos autos do processo constam alegações de que a invasão de sem-tetos no local seria outro fator que impossibilitou a execução das obras.
ORIGEM DO PROBLEMA
Na década de 90 foi criada no bairro Areinha a invasão denominada Vila Lobão, precisamente onde funciona o Shoping Távola Center; os ocupantes dessa vila receberam uma notificação de ACÂO DE DESPEJO, sendo remanejados com orientação de pessoas interessadas e vinculados politicamente ao Governador João Alberto para o local onde fica a Bacia, Vila Janaína Riod.
Passados 10 anos, do acordo celebrado pelo Ministério Público e CAEMA pela suspensão do processo, obras de esgotamento sanitário por toda a ilha foram feitas, tais como a do Bacanga, do Jaracaty, Ilhinha, enquanto o da Cidade Operária por ser um projeto muito mais antigo nunca saiu do papel; graves conseqüências já existem, os dejetos foram desviados contaminando o Rio Paciência e o Rio da Mata e estes agonizam. Afinal são 250 mil habitantes em toda a região sem sistema de esgoto sanitário.
QUAIS AS PRÓXIMAS AÇÕES.
É óbvio que o Poder Público comete crime de responsabilidade considerando que no local existe água, energia, e asfalto. Cabe ao Ministério Público provocar o andamento. A comunidade através de seus representantes deve cobrar providencias junto às autoridades competentes. Caso contrário o processo prosseguirá a passos lentos, redistribuídos em sorteio pelas Varas da Fazenda Pública, para prosseguimento do feito.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

COMUNIDADE EM AÇÃO II

Você sabia quê:
O posto de gasolina que fica ao lado da casa de show Barraca de Pau, foi construído em cima do emissário de esgoto da CAEMA; e que o Residencial Luís Rocha que fica localizado na lateral da Universidade Estadual do Maranhão(UEMA) foi edificado em uma área verde. No local onde foi edificado passa a macro rede de esgoto da Cidade Operária, sendo espaços de uso público, onde deveriam ser construídas áreas de lazer?

O mercado público da Cidade Operária é o maior do Maranhão com quinhentos e dezoito boxes e mais 100 bancas de frutas e verduras; e que as condições higiênico sanitárias são precárias sem que a Vigilância Sanitária faça valer a legislação?

A região Cidade Operária possui um imenso centro comercial formado por uma rede de farmácias, eletrodomésticos, calçados, confecções, clinicas médicas, oficinas de serralheria, carpintaria, mecânica e outros; sendo que esta região possui um imenso potencial em empreendedorismo?

O hospital Socorrão II (alta complexidade) e o Pam Cidade Operária (média complexidade) estão localizados em um espaço geográfico constituído por 34 bairros sendo a Cidade Operária, Cidade Olímpica os mais populosos; e que estas unidades de saúde beneficiam diretamente mais de 200 mil habitantes?

O Ministério Público moveu Ação Civil obrigando a CAEMA a reativar o Sistema de Esgoto Sanitário da Cidade Operária , o processo está parado desde agosto de 1999; e que cabe ao Ministério Público provocar o andamento. A obra é de grande alcance social funcionou parcialmente de 87/89, com estação elevatória, rede coletora e 02 bacias de tratamento do tamanho equivalente a 03 campos de futebol. Localizado nas proximidades do bairro Janaina-Riod?

Atualmente este local está invadido; afirmamos que o Poder Púbico comete crime de responsabilidade, considerando que no local existe toda a infra-estrutura de água, energia elétrica e asfalto.

domingo, 25 de outubro de 2009

Agenda 22 Cidade Operária

Agenda 22

Manifesto! sinal de alerta.
Ônibus lotados, paradas cheias, povo sofrendo.
Lideranças comunitárias do bairro Cidade Operária, realizaram passeata de protesto pelas precárias condições de transportes no dia 14 de outubro às 7:00h no horário de pico. Cerca de 40 moradores participaram do protesto com faixas e cartazes cobrando ampliação da frota de transportes coletivos, retorno das 02 linhas próprias Operária Planalto e São Cristóvão extintas em 2000; sem nenhuma justificativa junto a população e que para amenizar a situação criaram a linha Cidade Operária São Francisco com 04 ônibus. Com faixas e cartazes na avenida principal, os moradores reclamaram que o atual quantitativo de Ônibus não atendem com eficiência os usuários algo em torno de 50 mil. Os representantes de entidades em reuniões realizadas com o Secretário de transportes receberam a informação que circulam no bairro 134 ônibus nas 13 linhas que cobrem a regional dos principais bairros.
A demora na decisão em oferecer alternativas saneadoras estimulou os moradores a realizarem a passeata. Com a presença de jornalistas a imprensa registrou fatos comuns do dia a dia: paradas lotadas, ônibus passando direto para o terminal; superlotados com pessoas penduradas nas portas. Comprovando que atualmente a Cidade Operária transformou-se literalmente em um imenso corredor de transportes coletivos.
O Secretário Municipal de Transportes afirmou que vai aumentar o n° de Ônibus Cidade Operária São Francisco e também informou que será criada a linha bairro/terminal/São Cristóvão/Av. Africanos/Centro; a notícia foi repassada pela assessoria aos jornais da cidade neste dia.
Se vira nos trinta!
Trinta minutos é o tempo mínimo que os moradores do Conjunto Recanto dos Pássaros e moradores da Cidade Operária em especial do trecho Avenida105-Av.205, esperam para pegar o ônibus Tropical Santos Dumont, que estão em condições precárias de uso. Os moradores já se manifestaram através de abaixo assinado e em audiência com o Secretário Municipal de Transportes.
De volta ao passado.
Situação semelhante passamos em 1991, com o surgimento de vários bairros no entorno da Cidade Operária que contavam com 04 linhas incluindo o trecho Janaína e Santa Clara, o monopólio pertencia a empresa São Luís de propriedade do ex-deputado José Gerardo, que Operavam em situação semelhante a atual, o povo pendurado nas portas. A Comunidade através do Movimento Popular em defesa da qualidade dos transportes realizaram audiências públicas e manifestos. O ex - prefeito Jackson Lago solicitou ao Secretário Municipal de transportes que realizasse um estudo de demanda, de pronto comprovado a realidade dos fatos; o prefeito decretou e autorizou a título precário que novas empresas operassem no bairro até que a empresa detentora do monopólio oferecesse as alternativas proposta pela comunidade.
É bom lembrar! Destas empresas que circularam no bairro na época: São Benedito, Gonçalves, Primor, Taguatur, Julle e outras.




sábado, 17 de outubro de 2009

Gigante adormecido

Gigante adormecido.

A cidade dorme (...)os seus quando acordam, trabalhadores, estudantes, saem às pressas atrás de um ônibus que chega sempre atrasado e superlotado. O silêncio e a paciência estão presentes, o povo se acomoda. Quem vai ao hospital, chega cedo, poucas vagas, a senha acaba. Se depender do SUS via Pam Cidade Operária é um sofrimento. Feliz daquele que for atendido pelo médico e retornar com os exames prontos.
O mercado tem de tudo (...) inclusive esgoto a céu aberto e cisterna em condições precárias e um amontoado de bancas espalhadas no acesso principal. Ninguém reclama, a vigilância sanitária não passa há muito tempo e quando vem não alcança resultados, ninguém cumpre a legislação.
È hora de acordar o gigante! A Cidade Operária construiu sua História desde a sua fundação com muitas lutas, começou pela defesa da moradia e de toda sua infra estrutura de serviços, equipamentos comunitários e de fazer valer o direito a meia passagem do bairro. Tudo que existe veio das lutas de cidadãos que fazem valer seus direitos, dos companheiros dos movimentos populares. Aos poucos a comunidade organizada foi se desarticulando; parte das lideranças migraram para partidos políticos, outros optaram pelos segmentos de organizações sociais e sindicatos.
Hoje surgem novos desafios em decorrência do crescimento populacional; perfazendo um contingente de aproximadamente 200mil habitantes em toda a região. O sistema de transportes coletivos não atende a demanda; as ruas cheias de buracos, a fragilidade da segurança pública. O hospital Pam cidade Operária funciona de forma precária faltam médicos em diversas especialidades, o hospital Socorrão II necessita de humanizar o atendimento. O sistema de esgotamento sanitário não funciona. Na questão da educação observa-se escolas bonitas de fachada, porém o ensino é fraco; e que em algumas escolas faltam professores de química, física e matemática.
Na questão dos transportes coletivos a ampliação e renovação da frota foram colocadas como proposta de pauta em reuniões realizadas entre representantes da comunidade e o poder público Municipal. Em decorrência do prazo longo e diante da necessidade emergencial as lideranças do bairro decidiram pela passeata de protesto no dia 14 outubro em defesa das linhas próprias e melhorias dos serviços nos horário de pico. A manifestação resumiu-se a 40 pessoas presentes que participaram de forma calorosa sem a participação dos que mais reclamam.
È preciso acordar! Não temos escolhas; ou participamos e nos interessamos pelas causas comuns ou seremos manipulados pelos interesses de espertalhões que visam apenas interesses de projetos pessoais, passam por longe em atender as prioridades da comunidade.
O povo aos poucos precisa aprender a participar, reunir-se em grupos, associações que busquem realmente o bem da comunidade e exigir dos seus representantes, conquistar benefícios de interesse coletivo.
È preciso mobilizar novas lideranças! E a luta continua.


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CIDADE OPERÁRIA COMUNIDADE EM AÇÂO

CIDADE OPERÁRIA COMUNIDADE EM AÇÃO
Resgate da História.
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PROJETO
O conjunto Cidade Operária foi construido nos anos 80 com recursos do Banco Nacional de Habitação(BNH), durante os governos João Castelo e Luís Rocha.Planejado para 15 mil casas, foi considerado na época como o maior projeto habitacional da América Latina. Porém , só 7.500 uidades foram construidas.
Infra - estrutura- um planejamento técnico que contava com prédios públicos para escolas, unidades de saúde, além de áreas verdes.
No início de 1986 surge em São Luís uma articulação do movimento de defesa da moradia, com estratégias de realizar a invasão do conjunto habitacional Cidade Operária; um eixo de articulação composta por lideranças que surgiram apartír dos movimentos de sem teto, dos palafitados, seguindo uma orientação da política nacional, de movimentos populares, para cobrir um deficit habitacional. Com a extinção do BNH, e já na gestão do governador Luís Rocha (83 a 87). As casa não foram entregues. Diante desse fatos a Cidade Operária transformou-se em um grande palanque, um espaço para banquete eleitoral. Sentavam-se a mesa advogados, jornalistas,sindicalistas, politicos tradicionais que estimulavam o ato de invasão. As 7500 casas estavam ocupadas. No inicio de 1987, foi protagonizada a cena mais cruel que se tem conhecimento na História da Habitação Popular do Maranhão. A luta do POVO X POVO para garantir o direito ao teto. Os que estimularam a invasão não levaram em conta, na época que na listagem dos 7500 contemplados, haviam, aqueles que sem padrinhos politicos aguardavam a tão sonhada casa. Trabalhadores, pessoas simples, vitimas da politicagem.
OCUPAÇÃO
Cada uma das milhares de casas construidas significava o sonho de pais e mães de família em ter um imóvel proprio e consequentemente um pouso certo. O que não foi nada fácil, como destaca um dos militantes da época, o funcionário público Pedro Camara. ¨Interesses políticos trataram de ir aos poucos modificando um projeto sério e viável, principalmente porque em 1986 era época de eleição e determinados candidatos tinham um número de casas destinado a seus apadrinhados. Diante da cruel realidade com a indignação da população foi impossível o controle
e a invasão inevitável¨, afirmou.
CONTEMPLADOS
Finalmente entre dezembro de 86 e inicio de 87 sai a lista dos mutuários contemplados e instala-se um verdadeiro clima de guerra com duas pessoas brigando por uma casa. Resultado, confusões que acabavam na polícia, em meio ao tumulto e desespero. Como em uma terra sem lei, as casas eram depredadas, sendo comum caminhões saírem à noite carregados de portas e janelas furtadas dos imóveis.
Com o impasse sobre quem ficaria com a casa, surge a proposta de criar uma comissão dos mutuário, idealizada por Pedro Camara. Daí, é lançada em assembleia a idéia de negociação dos imóveis com a COHAB-MA.
No dia 27 de janeiro de 1987 é criada a comissão dos contemplados(mutuários) para negociar com a COHAB a entrega dos imoveis e por fim ao clima de guerra. Ao final das negociações, foi montado um plano de retirada dos ocupantes e entrega imediata aos mutuários da listagem publicada em jornais de grande circulação. O plano de retirada foi denominado de efeito dominó. Executado pela policia, dando cobertura 24 horas. Ainda foi possível abrigar 4.000 contemplados. Permanecendo 3500 mil ocupantes. Num duelo que a injustiça imperava dos dois lados e os oportunistas separados por um grande balcão de negocios.
REGULARIZAÇÃO: OCUPANTES X CONTEMPLADOS
Em março de 1987, Epitácio Cafeteira assume o governo do Estado e declara através da Imprensa que ¨a casa era de quem estava dentro dela¨, silenciando milhares de pessoas.
Solução- a medida foi a COHAB-MA recadastrar quem residia no conjunto, com a participação de representantes das comissões de contemplados e ocupantes. Em outubro de 1989, através de um abaixo assinados enviado a Secretaria de desenvolvimento Social e primeira dama Isabel Cafeteira,que encaminha ao governador e de pronto os contratos foram entregues.
Gestão: Presidente Cohab na epoca e Governador
Edgar Maranhão-epoca dos conflitos(86-87) Luís Rocha
Paulo Marinho - Regularização dos mutuários(88-89)Epitácio Cafeteira
Luís Leite- entrga dos contratos(89-90) Epitácio Cafeteira.
Dr. Fernando Mendonça- Principal Articulador movimento Defesa da Moradia, advogado e presidente da associação dos mutuarios do Maranhão
Pedro Camara- Principal articulador dos movimentos populares e presidente da Associação Recreativa e de defesa Urbana da Cidade Operária.
E A LUTA CONTINUA.
Casa garantida, e agora? Cadê os serviços basicos de infra estrutura? Bem,eles não existiam. Resultado? Mais mobilizações entre os moradores, em busca de serviços essenciais, como coleta de lixo, transporte coletivo, escolas,posto de saúde e meia-passagem para estudantes do local.
MELHORIA DE TRANSPORTES UMA LUTA PERMANENTE.
Minimizada a situação de conflitos da moradia, surgiram as necessidades de providencias dos serviços publicos essenciais; a prioridade foi a ampliação da frota de transportes, o bairro possuia duas linhas a cidade operaria são cristovão e Cidade Operária Planalto que pertenciam a Empresa São Luís detentora do monopolio. A população aumentou e os onibus não atendiam as necessidades nos horários de pico. Apesar da empresa disponibilizar 11 0nibus em cada linha, estes prestavam serviços de forma precária com onibus superlotados.As empresas eram registradas no municipio de São José de Ribamar, sem direito á meia passagem.
Em abril de 1987, amenizados os conflitos na questão da moradia e que as partes silenciam após as declarações do governador Cafeteira. A comunidade começa a se organizar em grupos e associações comunitárias. Com o objetivo de transformar a Cidade fantasma, parcialmente depredada, abandonada, em um local em condições habitáveis e com qualidade de vida.
Por decisão do governador no final do 1° semestre foi autorizado, a recuperação de 04 prédios escolas , o ano letivo já estava sacrificado. Sem escolas funcionado a alternativa foi estudar em escolas comunitárias ou em escolas públicas fora do bairro. O maior sufoco para as familias de baixa renda com pagamento de passagens semi urbana sem direito a meia passagem, mudando a rotina dessas pessoas.
Como funcionava o sistema de transportes
Funcionava de forma precária o empresário e deputado José Gerardo exercendo o monopólio destes serviços com 22 onibus distribuidos entre as linhas Operária Planalto e São Cristovão, mais dois onibus Janaina e 02 Santa Clara. Em horários de pico estes superlotavam. No inicio de maio de 1987, Pedro Camara presidente da Associação Recreativa e de defesa Urbana , entrega em audiencia a prefeita Gardenia Ribeiro Gonçalves, uma exposição de motivos, com documentos anexos que comprovavam a Cidade Operária pertencer ao municipio de São Luís. E consequentemente ter assegurado o direito a meia passagem, no cumprimento da lei municipal. Diante do exposto, muitas variaveis dificultavam a imediata apllicação da lei. A de maior destaque apresentada pelo gabinete, foi que a empresa concessionária possuia permissão de outro municipio. A empresa São Luís começou a prestar serviços qundo o conjunto ainda estava em construção, com tarifa de São José de Ribamar. para fazer valer o direito a meia passagem as entidades comunitárias, estudantes e membros da congregação João Calabria criaram o Movimento Popular em março de 1988, fizeram passeata e ao final interditatam a pista principal na curva da Uema impedindo o acesso dos onibus nos dois lados da pista. A luta não foi fácil, pois o empresário era conhecido pelos seus métodos violentos. A policia militar esteve presente para evitar piores consequencias. No segundo dia sem que os manifestantes soubessem o Governador Cafeteira e comitiva estacionaram na entrada da UEMa, onde iriam inaugurar a escola Justino Pereira. O governador procurou saber o que estava acontecendo. Relatamos os fatos. Daí ele perguntou o que faltava para garantir a meia passagem. Explicamos que conforme orientação do Orgão gestor(DMT) havia pendencia de transferencia da linha, por parte da Secretaria de Obras e Transportes(SETOP) do Estado para o municipio de São Luís. Ficando o compromisso do governador autorizar a transferencia. As questões de natureza burocrática esticou por alguns dias; e finalmente a comunidade conseguiu a conquista da meia passagem, daí por diante a Cidade Operária passou a ser tratada como municipio de São Luís.
MUDANÇAS NO SISTEMA
As precárias condições dos serviços esticou até outubro de 1991, com a rearticulação dos movimentos populares de São Luis propondo mudanças no sistema de tranportes e consequentemente acabar con a concessão de lihas, substituindo pela contratação de serviços. Na questão específica da Cidade Operária as lideranças reinvindicam ao Prefeito Jackson Lago, em audiencia que autorizasse ao DMT fazer um levantamento de demanda nos serviços oferecidos na região Cidade Operária. O Secretário de Transportes na época Dr. Padua Nazareno comprovou a precariedade dos serviços em atender umma população neste periodo de 100 mil habitantes, com 28 onibus no total.
PREFEITO AUTORIZA NOVAS EMPRESAS
A título precário e em caráter emergencial, o prefeito autorizou a entrada a entrada de vária empresas a exemplo da Primor, Gonçalves, Taguatur e outras a circular no bairro até que os donos do monopólio, ampliasse a frota. A melhoria destes serviços aconteceram de forma lenta.No final do ano de 1999, o prefeito autorizou a entra de empresasa para substitui os 36 onibus da empresa JULLE, por irregularidade citadas durante a CPI do Narcotráfico.
Do ano de 1998 até 2002 a situação normalizou decorrente de outros fatores:
O surgimento e crescimento da Cidade Olimpica, a maior area de ocupação do Brasil, o funcionamento do hospital Socorrão II e a pavimentação da estrada da Mata que beneficiou diretamenta mais de 50 mil habitantes.
A CIDADE OPERÁRIA QUER A VOLTA DAS LINHAS PRÓPRIAS
Apartír de 2003 com a extinção de linhas proprias a Cidade Operária tranformuo-se em um imenso corredor de onibus que servem outros bairros mudando a rotina das pessoas que passam o maior sufoco,em longas caminhadas, enfrentando uma longa espera de onibus superlotados vindos de outros bairros. O povo manifesta: QUEREMOS NOSSOS ONIBUS DE VOLTA.

Cidade Operária, emlonga espera:
Pela volta das linhas de ônibus própria.

A comunidade da Cidade Operária aguarda com muita paciência que o poder público municipal e o consórcio do sistema integrado de transportes coletivos levem em conta as necessidades do povo. A situação precária dos serviços oferecidos ao bairro Cidade Operária tem mudado a rotina das pessoas que precisam levantar mais cedo, fazer longas caminhadas, passar por um verdadeiro sufoco, por uma longa espera para chegar a escola ou ao trabalho.
O momento crítico começa apartír das 6;20 até as 7;20, nos horários de pico os moradores se aglomeram nas paradas, esperando os ônibus que vem de outros bairros(já que a comunidade possui uma única linha com quatro ônibus) a maioria chegam completamente lotados, e passam direto para o terminal; fazendo literalmente de nossas avenidas de um imenso corredor de transportes.
Apartír das 7:20 a situação ameniza, dá pra ter vez e se acomodar nos ônibus superlotados; é comum a qualquer usuário chegar atrasado a seu destino.
Em reunião com o Secretário Municipal de Transportes Coletivos o eng° Dr. José Ribamar Oliveira, manifestamos em sugerir ao Prefeito João Castelo em instituir através de decreto a título precário e emergencial, que o Consórcio de Empresas amplie a frota de coletivos na Cidade Operária e em seu entorno. Considerando que esta comunidade não possue linha própria. Já estivemos em duas oportunidades com o Secretário em 06 de julho e em 31 de agosto deste, no seu gabinete, ficando acertado o retorno para anunciar as decisões tomadas no tocante à proposta de pauta apresentada.
É do nosso conhecimento que constam no mapa que treze linhas de ônibus passam pela Cidade Operária num total de 134 ônibus. Ficamos surpresos com os números apresentados que seriam suficientes para atender tranquilamente mais de 50 mil usuários diariamente. Esperamos que nos horários de pico coloquem ônibus suficientes para atender a demanda.
Veja abaixo as linhas:
Mata.01 Santa Clara.15 Tropical São Francisco.23 Socorrão.23 Cidade Olímpica Ipase.10 Janaina Terminal.02 Kiola.02 Jardim América 10 Jardim tropical Santos Dumont.10 Cidade Operária São Francisco.06 Maiobinha.01 Cidade Olimpica Rodoviária.08 Cidade Olimpica São Francisco 10

Janaina Riod Centro.13
Pedro Mariano da Paz Câmara
Articulação do Movimento Popular Cidade Operária