sábado, 17 de outubro de 2009

Gigante adormecido

Gigante adormecido.

A cidade dorme (...)os seus quando acordam, trabalhadores, estudantes, saem às pressas atrás de um ônibus que chega sempre atrasado e superlotado. O silêncio e a paciência estão presentes, o povo se acomoda. Quem vai ao hospital, chega cedo, poucas vagas, a senha acaba. Se depender do SUS via Pam Cidade Operária é um sofrimento. Feliz daquele que for atendido pelo médico e retornar com os exames prontos.
O mercado tem de tudo (...) inclusive esgoto a céu aberto e cisterna em condições precárias e um amontoado de bancas espalhadas no acesso principal. Ninguém reclama, a vigilância sanitária não passa há muito tempo e quando vem não alcança resultados, ninguém cumpre a legislação.
È hora de acordar o gigante! A Cidade Operária construiu sua História desde a sua fundação com muitas lutas, começou pela defesa da moradia e de toda sua infra estrutura de serviços, equipamentos comunitários e de fazer valer o direito a meia passagem do bairro. Tudo que existe veio das lutas de cidadãos que fazem valer seus direitos, dos companheiros dos movimentos populares. Aos poucos a comunidade organizada foi se desarticulando; parte das lideranças migraram para partidos políticos, outros optaram pelos segmentos de organizações sociais e sindicatos.
Hoje surgem novos desafios em decorrência do crescimento populacional; perfazendo um contingente de aproximadamente 200mil habitantes em toda a região. O sistema de transportes coletivos não atende a demanda; as ruas cheias de buracos, a fragilidade da segurança pública. O hospital Pam cidade Operária funciona de forma precária faltam médicos em diversas especialidades, o hospital Socorrão II necessita de humanizar o atendimento. O sistema de esgotamento sanitário não funciona. Na questão da educação observa-se escolas bonitas de fachada, porém o ensino é fraco; e que em algumas escolas faltam professores de química, física e matemática.
Na questão dos transportes coletivos a ampliação e renovação da frota foram colocadas como proposta de pauta em reuniões realizadas entre representantes da comunidade e o poder público Municipal. Em decorrência do prazo longo e diante da necessidade emergencial as lideranças do bairro decidiram pela passeata de protesto no dia 14 outubro em defesa das linhas próprias e melhorias dos serviços nos horário de pico. A manifestação resumiu-se a 40 pessoas presentes que participaram de forma calorosa sem a participação dos que mais reclamam.
È preciso acordar! Não temos escolhas; ou participamos e nos interessamos pelas causas comuns ou seremos manipulados pelos interesses de espertalhões que visam apenas interesses de projetos pessoais, passam por longe em atender as prioridades da comunidade.
O povo aos poucos precisa aprender a participar, reunir-se em grupos, associações que busquem realmente o bem da comunidade e exigir dos seus representantes, conquistar benefícios de interesse coletivo.
È preciso mobilizar novas lideranças! E a luta continua.